Nesta terça-feira, 10 de novembro, os movimentos filiados à União dos Movimentos de Moradia de São Paulo – UMM SP foram às ruas
para exigir o cumprimento das promessas feitas pelo governo do Estado de São
Paulo. Dentre elas está a criação do Conselho Estadual das Cidades, conforme o
Decreto nº 59.459 de 2013, mas que até hoje não saiu do papel.
Participarão do Ato os
Movimentos de sem teto, favelas, cortiços e ocupações de diversas regiões da
cidade, do ABC, Região Metropolitana, Baixada Santista e Interior. No Palácio,
os manifestantes reúnem-se com a Marcha dos Professores, que protestam contra o
projeto do governo estadual, o “Reorganização Escolar”.
TRAJETO
A concentração da marcha aconteceu às 9 horas, na
Praça Dario de Barros (no final da Ponte Cidade Jardim). A caminhada foi até o
Palácio dos Bandeirantes, na Avenida Morumbi, onde os manifestantes querem
apresentar a pauta da moradia ao Governador Geraldo Alckmin.
O que o governador Alckmin prometeu?
1- Construir 10 mil
Unidades Habitacionais por meio do regime de mutirão com autogestão. A promessa
foi feita em agosto de 2013, durante a Marcha da Moradia em agosto de 2013. A
CDHU e a Secretaria de Habitação chegaram a se reunir com o Movimento, mas e
depois nada aconteceu.
2- Dar posse aos
Conselheiros das Cidades, conforme prevê o decreto nº 59.459/13, que cria e organiza o Conselho Estadual das
Cidades - ConCidades/SP. A
posse deveria acontecer em 2013, durante a 5ª Conferência Estadual das Cidades, mas até hoje ninguém exerceu tais cargos.
3- Prometeu dar andamento
aos projetos do Programa da Gestão Compartilhada; desenvolver um programa
habitacional consistente no Estado de São Paulo; ampliar os programas de
urbanização de favelas e de direito à moradia nas áreas centrais. No entanto, nada de resultado concreto para as
famílias de baixa renda.
Estamos cobrando do
Governo do Estado de São Paulo ações concretas e efetivas no enfrentamento da
crise urbana no Estado. Nesse sentido, apresentamos nossa pauta de reivindicações:
*Funcionamento permanente e democrático do Conselho Estadual de Habitação
na construção da política estadual de habitação, com recursos para o Fundo
Estadual;
*Construção do Sistema Estadual das Cidades e posse imediata do Conselho Estadual das Cidades;
*Convocação da 6ª Conferência Estadual das Cidades;
*Retomada do Programa Estadual de Mutirão, com
financiamento estadual para a Produção de 10 mil novas unidades habitacionais em
regime de autogestão;
*Regularização e urbanização de favelas, Moradia em áreas centrais,
programas para os idosos;
*Revisão da Parceria Público-Privada - PPP da Habitação;
*Aquisição e Destinação de Terra para o Programa Minha Casa Minha Vida
Entidades;
*Imediato aporte financeiro para o Programa Minha Casa Minha Vida
Entidades;
*Agilidade no Licenciamento dos empreendimentos;
*Revisão dos critérios de financiamento da CDHU e Solução de processos
antigos na CDHU;
*Suspensão das Reintegrações de Posse e gestão
democrática dos conflitos fundiários urbanos;
*Política de atuação nos conjuntos
antigos da CDHU – Trabalho de Pós
Ocupação, Requalificação e Regularização, Conclusão da infraestrutura, e
Renegociação de Dívidas;
*Fim das remoções e reintegrações de posse, sem
solução de moradia em função das obras Monotrilho, Rodoanel e outros
megaprojetos;
*Interrupção do processo de Reorganização
Escolar para maior debate com a sociedade.
O Governo patina com as parcerias público-privadas e não utiliza
os recursos do Orçamento, indispensáveis para garantir moradia. Então perguntamos
ao Governador:
Cadê as 10 mil
moradias? Cadê o programa de Autogestão. Chega de Parceria Público-Privada (PPP), chega de despejo
e especulação, exigimos mutirão com autogestão.
Os
movimentos ainda reivindicam uma mesa
permanente de negociação junto aos movimentos populares urbanos de nosso
Estado.
Fonte: www.sp.unmp.org.br
0 comentários:
Postar um comentário
O que achou deste post? Deixei seu comentário.